Eletrorretinografia de campo total
O Eletrorretinograma de campo total consiste na avaliação da função retiniana por meio da captação da resposta elétrica gerada pelas células que compõem a retina (Bastonetes, cones, bipolares)
Para quem é indicado?
Em muitos casos, é utilizado para diagnóstico diferencial entre as possíveis hipóteses levantadas pelo médico. O ERG de campo total é indicado nas doenças que afetam a retina e seus componentes, como as distrofias retinianas, retinopatias, maculopatias, doenças genéticas, toxicidade ocular por medicamentos, entre outros.
Alguns exemplos são:
- Coriorretinopatia
- Distrofia areolar coroidal
- Distrofia de cones-bastonetes
- Doença de Stargardt
- Retinose pigmentária
- Amaurose congênita de Leber
- Descolamento de retina
- Traumas
- Cegueira noturna
- Uveites
- Retinoblastoma
- Toxicidade medicamentosa
Eletrorretinografia de campo total em bebês
As avaliações de retina comumente realizadas são baseadas em análises estruturais através de exames de imagem, ou seja, avaliam a parte anatômica da retina, seja por foto, tomografia de coerência óptica (OCT) ou exame de fundo de olho. Entretanto, algumas doenças podem não apresentar inicialmente alterações na anatomia da retina ou terem apresentações de fundo de olho semelhantes, dificultando o diagnóstico das doenças retinianas. Além disso, avaliações por meio de foto em crianças muito pequenas são um desafio pois necessitam da colaboração ou de métodos sedativos para melhor captação da imagem.
Desta forma, o eletrorretinograma é uma alternativa complementar a esses exames e possibilita a avaliação funcional da retina em qualquer idade, mesmo em bebês, sem a necessidade de sedação e também, permite a detecção precoce e acompanhamento das doenças retinianas de uma forma segura e confiável.
As principais indicações em bebês são doenças relacionadas a perda visual em ambiente de baixa luminosidade (Retinose pigmentária, Cegueira noturna congênita estacionária, Distrofia retiniana), hipersensibilidade a luz ou fotofobia (Distrofia de cones, Distrofia macular, Neuropatia óptica) ou dificuldade para fixação ou na leitura (Stargardt, Doença de Best, Distrofia de cones, Amaurose congênita de Leber).
Como é realizado?
Para o exame, é necessário realizar a dilatação da pupila. Após a dilatação, os olhos são ocluídos com uma máscara de dormir por 30 minutos corridos para fazer a adaptação da retina ao escuro. Após os 30 minutos, dentro da sala de exames escura, a venda é retirada e o paciente é preparado para a colocação dos eletrodos.
Para este exame são utilizados eletrodos de pele e eletrodo de contato, que são posicionados na superfície ocular. Os olhos são previamente anestesiados e a lente é revestida por um gel lubrificante que impede o ressecamento dos olhos e diminui a necessidade de piscar.
Após a preparação, o paciente é posicionado em frente a cúpula onde os flashes luminosos são apresentados. O exame é realizado em duas etapas, sendo a primeira na cúpula escurecida e a segunda com a cúpula iluminada. Finalizando a primeira parte, a luz da cúpula é acesa e é feita uma nova adaptação dos olhos ao claro.
Quanto tempo dura?
A duração total do exame é de aproximadamente 1 hora, incluindo 30 minutos de adaptação ao escuro, 10 minutos de adaptação ao claro e em torno de 10 a 15 minutos de captação das respostas.
Orientações
- Não realizar procedimentos que dilatem a pupila nas 24 horas que antecedem o exame;
- Não é necessário interromper uso de colírios;
- Trazer óculos (ou lente de contato) se fizer uso, mesmo que não estejam atualizados e a receita;
- Trazer exames complementares (campo visual, retinografia, mapeamento de retina, entre outros)
Após o exame:
- Evitar a manipulação dos olhos por pelo menos 40 minutos – olho estará anestesiado e o risco de lesão é maior.
- A dilatação dura em torno de 4 a 6 horas.
- Recomenda-se o uso de óculos escuros para reduzir o desconforto causado pela dilatação das pupilas.
Entrega do resultado
Resultado em até 5 dias úteis.